Livro da Maria! Capítulo 36 - Será que tudo volta como antes?

19/12/2010 19:56

Caros Leitores de Pôr do Sol!

Desculpem a demora do Capítulo. Sei que estavam ansiosos para mais um Capítulo. Bom, como tudo não é rosas, Maria entra em mais drama. Oh como ela sofre.

Como sempre pedimos que comentem aqui no site ou em nosso Twitter. Seus comentários são importantes. E pedimos também que divulguem sobre a Fic. Se você gosta dessa história de emoções, dramas e suspenses.

Boa leitura!

 

Capítulo 36- Será que tudo volta como antes?

 

       Depois de ter dormido pessimamente no sofá, com todo meu corpo dolorido e de ter só 3 horas de sono. Conclusão estava horrível. Parecia que tinha acabo de sair do um filme de terror.

       Tentei melhorar meu rosto. Fiz minha higiene pessoal, tomei banho, troquei de roupa, vesti uma blusa branca com listras cinza, calça jeans, tênis esportivo e casaco. Fui me maquiar, o que era raro depois da morte do meu pai não ligava mais para minha aparência, mas pelo menos estava um pouco melhor. Desci para fazer o café e fui até o quarto da minha mãe.

        - Mãe. – Deixei o café na cabeceira e a chamei.

        - Hum... –Respondeu.

        - Acorda. Esqueceu que temos que ir ao médico? Depois tenho que ir trabalhar.

        - Ai que saco Maria. Esta muito cedo. Podemos ir à hora do almoço.

        - Parece de frescura e levanta esse corpo da cama.

        - Não.

        - Ah é... Então vou te pegar no colo e te levar até o banheiro.

        Ela virou na minha direção me examinando e começou a levantar.

        - Você nem me aquenta menina.

        - Mas funcionou. Então anda. Tome banho, faça sua higiene e seu café está aqui. – Apontei para o café da manhã na cabeceira. – Vou lá em baixo preparar suas documentações para o médico. Em 5 minutos lá na sala, Dona Jennifer.

       - Nossa Maria, parece minha mãe. Que bicho te mordeu? Eu que devia estar falando assim com você.

       - Ta. Só não quero me atrasar para o trabalho. E meu 1º dia, esqueceu?

       - Desculpe Mamãe Maria.

       Eu ri.

       Arrumei tudo, tomei meu café. Depois de alguns minutos minha mãe desceu. Pequei tudo e saímos.

       O hospital não era muito longe de casa, então, fomos andando. Já pensava em comprar um carro pra mim. Charlie poderia me ajudar.

       Depois de longos 20 minutos com minha mãe reclamando de tanto andar, chegamos ao hospital. Era relativamente grande para uma cidadezinha como Forks.

       Identifiquei na recepção. A recepcionista (muito simpática) nos levou até a sala de espera. Não demorou muito, fomos chamadas pelo médico. Era um homem de meia idade, com alguns fios de cabelo branco e outros pretos, gordinho, alto e pele branca. Pediu para que sentássemos.

       Seu nome era Doutor Peter. Conversamos animadamente com ele. Disse que tinha chegado a Forks a dois com sua família e que adorava o lugar.

       Depois de conversamos, perguntou para minha mãe coisas de rotina e depois foram fazer alguns exames. Pediu para que toda semana fosse ao hospital. Claro que Dona Jennifer não gostou, mas ela sabia que era para o bem dela - e do meu. - Despedimo-nos e saímos da sala.

       Levei minha mãe até em casa. Ela disse que iria voltar a dormi e subiu para o quarto. Pequei minha mochila do trabalho e fui caminhando até lá.

       Estava empolgada para meu 1º dia de trabalho. Tudo parecia de acordo com que tinha planejado. Quer dizer, bem melhor do que imaginava.

       Cheguei ao trabalho. Fui para a sala de Charlie que me recepcionou com um sorriso. Uma parte de mim ficava tão feliz por estar com ele, mas a outra me deixava triste, pois ele me lembrava de meu pai. Todas suas demonstrações de carinho que Charlie fazia, era como se eu fosse uma filha para ele. Mas eu não podia me sentir assim, ele era meu chefe e um ótimo amigo. Não queria me sentir parte de uma família.

        - Oi garota. Como está?

        - Bem e você?

        - Estou bem, mas você parece que não dormiu bem.

        - E verdade. Tive...Pesadelo a noite, mas isso não importa. Estou pronta para meu 1º dia de trabalho.

        - Ótimo. Vou te apresentar para equipe.

        Saímos da sala e todos já estavam reunidos para conhecer a novata.

        Charlie me apresentou a todos. Fiquei com tanta vergonha, que se tivesse um buraco no meu lado eu me jogaria lá. O mais chato durante a apresentação foram os policias e alguns funcionários homens me olhando. Parecia que iriam me atacar e comer com mel. Seus olhos para mim eram de luxúria, cobiça,... Sentia-me mal. Nem prestavam atenção no que Charlie falava.

        Depois que acabou a apresentação e os abraços – alguns possessivos, outros atrevidos – Charlie mostrou meu lugar e explicou o meu trabalho.

        O tempo se passou e já estava quase na hora do almoço. Nesse tempo, parece que todos os homens dessa delegacia vieram jogar uma indireta e me paquerar durante meu trabalho. Não falava uma frase, só dizia: Sim ou Não ou Uhum. Estava sendo constrangedor. A cada hora um aparecia na minha mesa. A única coisa em comum que eles diziam era:

        ‘Você é linda Maria’

        Aquilo estava me irritando profundamente.

         Quando deu à hora do almoço, continuei trabalhando. Não estava com fome e tinha muita para organizar. Até que mais um infeliz veio me atrapalhar.

         - Oi Maria Linda.

         Era o Policial Gregy. Já era a 3º vez que vinha falar comigo. Ele era novo. Devia ter uns 25 anos. Bonito, alto, pele branca, Cabelo curto-preto.

         - Gregy, estou meio ocupada. Será que podemos conversar depois?

         - Que isso linda. Só vim te distrair.

         - Mas está em atrapalhando.

         - Ta legal. Desculpe. Só queria a ficha do roubo na Rua Calawah Way do caso 558.

         - Ah Claro. Um minuto.

         Fui até ao lado da minha mesa procurar a ficha.

         Escutei alguns passos indo até minha mesa. Olhei e vi mais idiota com um sorriso bobo olhando pra mim. Voltei a minha atenção para a ficha.

         - Oi Maria. – Era o Senhor Jackson. Já era um velho, casado e com netas, mas mesmo assim parecia um tarado olhando pra mim.

         Não respondi.

         - Olá Jackson. Não tem nada de útil pra fazer? – Disse Gregy. Escutei a respiração dos dois se alterarem.

         - Não igual a você.

         Se eu não me intrometesse, iria ficar feio para meu lado.

         - Você é um comediante Jackson. Um velho babão dando em cima de uma garota que podia ser sua neta.

         - E você Gregy? Está namorando preste a noivar... Não faça essa cara de surpresa. Esqueceu que minha filha é amiga da sua noiva?

         Fiquei surpresa por um momento, mas assustada depois. O que tinha de errado com esses homens de Forks? Porque estavam dando em cima de mim se já são comprometidos?

         Gregy se afastou e ficou encarando Jackson.

         - Você não tem nada haver com minha vida.

         Saí andando rápido até a mesa.

          - Gregy aqui está à ficha e, por favor, podem se tirar. Não estou a fim de escutar essas baboseiras.

          Eles me olharam e baixaram as cabeças envergonhados com suas atitudes. Pediram desculpas e se retiraram.

          Suspirei mais aliviada.

          Depois de alguns minutos, fui até a sala de Charlie.

          - Licença...Oh Meu Deus.

          Estava abrindo a porta, quando vejo Charlie beijando uma mulher.

          - Calma Maria. Pode entrar. Não estamos fazendo nada de mais.

          Estava totalmente envergonhada. Ainda bem que era morena e daria para ver como estaria vermelha, mas minha forma de agir denunciava.

          Sentei na cadeira a sua frente.

          - Já almoçou? –Perguntou Charlie.

          - Não, mas estou sem fome. Não se preocupe.

          - Pois deveria comer. Não faz bem alguém ficar sem comer. Se quiser eu peço para alguém...

          - Não precisa Charlie. Eu estou bem. Obrigado, mas não quero. Quando chegar em casa eu como.

          - Promete?

          - Prometo.

          - Nossa, que horrível eu sou. Não apresentei vocês. Sue, está é Maria. Maria Está é Sue Minha namorada.

          - Prazer em conhecê-la Maria.

          - Prazer é meu em conhecê-la também.

          Sue era uma mulher bonita. Parecia uma índia. Cabelos negros, pele parda, olhos castanhos.

          Fiquei a encarando e lembrando da mulher ao lado de Charlie na foto que tinha achado. Não poderia ser a tal de Renée. Elas eram muito diferentes.

          Charlie percebendo minha total confusão olhou para mim confuso também.

          - Alguma coisa errado Menina?

          - Não e que...

          - Pode pergunta.

          - E que é constrangedor demais.

          - Parece de besteira Maria. Pode falar. – Ele me olhou com um pai preocupado e aquilo me doeu no peito.

          - Bom, e que quando te conheci... Te vi na 1º vez por foto...E tinha uma mulher. Ela se chamava Renée...

          - Ah já entendi. Não precisa se explicar. Renée é minha ex-mulher. Nós somos separados já faz bastantes anos, mas somos amigos ainda.

          - Desculpe pela ‘invasão de privacidade’.

          - Que isso, garota. Você pode pergunta o que quiser. Sempre poderá contar comigo. – Ele sorriu pra mim.

          Queria sorri pra ele e dizer o quanto isso era ótimo, mas não conseguia. Sempre meu pai vinha em minha mente e meu corpo parecia não ter forças.

           - Você se parece com minha filha, Bella. Não fisicamente, pois são totalmente diferentes, mas alguns gestos e reações são iguais.

          - Irei adorar conhecê-la.

           - Ela é dois anos mais velha que você. Tem 17 anos, não é isso?

           - Sim.

           Olhei pra ele sem ter mais nada o que conversa e ainda mais ter interrompido o romance do casal.

            Sue não disse nada enquanto conversar com Charlie. Ela só me observava, para dizer a verdade parecia me estudar. Estava me sentindo no CSI.

            - Eu vou indo trabalhar.

            - Sim. Vê se come algum. Não quer em deixar preocupado aqui.

            - Ta legal. – Abri a porta e me lembrei do que queria falar com ele. – Charlie será que você poderia me ajudar a achar um carro? Eu não conheço nada aqui. E como...você é a pessoa que tenho mais intimidade. Eu...pensei se você poderia me ajudar.

             - Claro. Posso até ver se a Sue pode ver com Billy ou Jacob. Eu te ajudo sim.

             - Eu vejo sim Maria. Não se preocupe.

             - Obrigado e com licença.

            Sai da sala mais aliviada. Parecia que tinha um peso em minha costa.

            As horas passavam novamente e meu expediente já chegava ao fim. Por algo divino, os homens da delegacia não foram me importunar, mas mesmo assim senti os olhares em mim. Cobiçando-me.

            Acabando meu horário, arrumei minha mesa e minha mochila. Despedi-me de Charlie e das pessoas da delegacia. Senti mãos me puxando, até me deparar com Gregy.

            - Quer que te de uma carona até em casa?

            - Não precisa vou andando. – Tentei sair da sua mão, mas ele era forte.

            - Não é muito longe?

            - Gosto de andar. Pode me solta? Está em machucando.

            Ele me soltou rapidamente.

            - Desculpe Maria. Eu...Não sei a onde estou com a cabeça.

            - Então a ache. Com licença. Até Amanhã.

            - Até.

            Sai com raiva. Quem esse cara pensa que é?

            De repente, meu celular começa tocar.

            - Droga.

            Tentava encontrar ele na mochila, mas nada. Até me esbarrar em alguém.

            - Desculpe. – Disse.

            - Oi Maria.

            - Adam.

            - Nos esbarrando de novo. Que coincidência.

            - E muito. – Peguei meu celular e olhei para o visor. – Que estranho. – Alguém tinha feito uma ligação privada.

            - Algum de errado?

            - Não é nada. – Guardei meu celular na mochila.

            - Como está? E seu 1º dia de trabalho?

            - Estou bem. Foi ótimo.

           Começamos a andar até a esquina.

           - Não precisa me levar até lá.

           - Mas eu quero e não me atrapalha em nada.

           - E as pessoas da delegacia?

           - São...ótimas. Fui muito bem recepcionada por todos.

           - Ainda bem.

           - Bom, vou indo. Nos vemos por ai.

          - Com certeza. Espero encontrá-la muito mais vezes.

          Fui andando até a outra calçada.

          - Maria! – Ele me chamou.

          - Sim?

          - Eu estava pensando. Você não quer almoçar comigo amanhã? Mas é só um almoço, não um encontro.

          - Ah... – Comecei a gaguejar. – Se é só um almoço sim. Aceito.

          - Então até amanhã.

          Ele se aproximou mais de mim. Seu rosto ficou a poucos centímetros do meu. Senti seu hálito frio e doce. Sua boca macia e pequena ainda mais perto. Tentei olhar para seus olhos, porém como tinha visto antes ele usava óculos escuros. Queria tanto ver a cor deles. Ver o formato de seu olho. Porque ele usava óculos?

          Pensei que ele iria me beijar, mas ele só me deu um beijo na bochecha e se afastou.

          - Tchau. – E saiu.

          Fiquei alguns minutos meio tonta com aquilo. Voltei a caminhar, mas com o cansaço e exaustão estava me ganhando. E ainda tinha a fome que não me deixa. Decidir pegar um táxi.

          Não demorou muito. Teria alguns minutos até chegar em casa. Deitei um pouco no carro.

          De repente, um sonho em invadiu.

          Estava num quarto deslumbrante. Parecia um quarto de castelos de contos de fadas com algumas pinturas renascentistas ao redor, móveis antigos e uma cama king-size com véus tampando duas pessoas que estavam deitadas.

          Tentava me concentrar em quem estava na cama. Escutava sons estranhos, um arfar de respirações.

          Começo a ver duas pessoas. A que estava em baixo se virou para cima da outra, estavam se beijando muito ardente e fazendo movimentos que pareciam uma dança sincronizada. Até que reparei mais na pessoa que estava em cima. Ela jogou a cabeça para trás com os olhos fechados. E foi quando me assustei. Era eu. Eu que estava naquela cama, nua com...com... Adam?

         Era o Adam. Estávamos nus fazendo sexo alucinante. Minha mente estava ficando nebulosa.

         De repente, eu virei meu rosto e abri meus olhos. Aquela pessoa não era eu, era outra pessoa. Meus olhos estavam num violeta escuro, minha pele era pálida e meu cabelo era liso. Estava deslumbrante, mas assustadora. Lembrei da loira dos meus sonhos e eu me comecei a me transformar nela. Meus cabelos viraram loiros e minha pele mais pálida menos os olhos que não mudaram. Ela se virou de novo e deu uma risada que me deu mais medo ainda.

          O que era isso?

          Eu precisava acorda, mas não conseguia. Algum estava me puxando.

          Até que senti uma mão me sacudindo.

          - Senhorita? Senhorita? Está bem?

          Era o taxista. Parecia preocupada. Seus olhos estavam arregalados.

          Soltei meu ar. Parecia que todo meu ar estava preso novamente.

          - Es...tou...Obri...gado.

          - Você está pálida e não respirava. Fiquei preocupado. Quase liguei para ambulância. Parecia que estava morta.

          - Não. Estou bem. Desculpe a preocupação.

          Ele continuou me olhando, perguntando se eu estava dizendo a verdade.

          - Aqui está o dinheiro da corrida.

          - Obrigado. E se cuida senhorita.

          Entrei em casa exausta e o sonho ainda me perturbando.

          Fui até a cozinha lavar o rosto. Tentar tirar esse sonho esquisito de mim. Fui até a geladeira, quando pisei em algo. Olhei para baixo e vi uma garrafa de Uísque. Eu não estava acreditando no que via. Ao lado tinha alguns comprimidos. Minha respiração começou a acelerar.

           Minha cabeça só dizia: Não de novo não.

           Sai correndo até a escada. Entrei no quarto da minha mãe e a porta do banheiro estava aberta com a luz acessa. Escutei o chuveiro aberto. Caminhei devagar, até encontrar minha mãe no chão, inconsciente. Sua boca estava saindo pus. Puxei para meu colo. Ela ainda respirava e sentia seu coração. Peguei o telefone.

            - Por favor, uma ambulância o mais rápido possível. Minha...Mãe está muito mal.

             Dei meu endereço à mulher da linha. Desliguei e continue segurando minha mãe. Limpei sua boca e comecei a cantar a música que minha mãe cantava pra mim quando criança.

“Brilha, brilha estrelinha
Quero ver você brilhar
Faz de conta que é só minha
Só pra ti irei cantar
Brilha, brilha estrelinha
Brilha, brilha lá no céu
Vou ficar aqui dormindo
Pra esperar você sonhar”

             Eu não parava de chorar. Será que nunca vou ter paz? Eu só queria ser como antes. Ainda chorando com minha mãe no colo, escutei a ambulância chegando e os enfermeiros entrando em casa.

 

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Tópico: Livro da Maria! Capítulo 36 - Será que tudo volta como antes?

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Capítulo 36

Nossa quanta tensão!!!!!! mas ainda sim adorando! e curiosa pra saber o que vai acontecer! bjokas

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